A hierarquia das necessidades que foi desenvolvida por A. Maslow (1970), determina o comportamento dos indivíduos. E entre essas necessidades básicas está a segurança. E esta necessidade está enquandrada entre as primárias, juntamente com as necessidades fisiológicas.Diante dessa necessidade que é básica para todos sem distinção de raça, idade, condições econômicas, religião, a Igreja promove um debate a todos, lembrando-nos que a paz é fruto da justiça e assim nos responsabiliza pela violência que ocorre ao nosso lado. Claro, que isso implica muitos fatores. Alguns atuais como a globalização e suas consequências econômicas ou algumas muito mais antigas como a má distribuição de renda. Esse são apenas alguns pontos que devemos analisar, mas existem tantos outros que estão ao nosso alcance para fazer diferente. A justiça tem que passar pela minha casa, pela minha facudade, pela minha maneira de tratar os outros na rua. Não dá pra exigir justiça quando eu apoio o trote universitário, onde alunos são submetidos a humilhação por ter conseguido alcançar uma meta em sua vida. Que valores são esses? não deveria eu receber bem aquele que chega? Que maneira de dar as boas vindas são essas? Que justiça é essa que me apoia a matar? a segurança não passa nem no ventre da mãe. Nem lá estamos seguros.
Será que toda essa violência não é fruto de uma sociedade cada vez mais indiferente aos valores que não deveriam mudar nunca? A tecnologia pode avançar, as coisas podem mudar, mas que mudem pra melhor! Não precisamos aceitar simplismente qualquer coisa só porque assim que tem que ser. Porque é mais prático, mais moderno, todo mundo faz e etc. Não! Todo o crescimento tem que estar a nosso favor. Não adianta eu ter realizado meus projetos profissionais e ter chegado ao patamar econômico se isso não estiver associado a um crescimento como pessoa também. Será que agora que eu tenho o que sempre busquei eu não poderia dar uma maozinha a quem estar do meu lado e quer alcançar também? ou eu agora quero mais e mais e mais?....e os outros que se virem. Isso é justiça, isso gera paz.
A Igreja nos propõe esse debate em todos os setores da sociedade. Nas escolas, nas universidades, nas empresas, na família...toda a comunidade é responsável direta ou indiretamente pela violência na qual estamos inseridos. A paz é fruto das atitudes de cada um nos mínimos detalhes, além de uma gestão pública voltada para o comprometimento com as pessoas e com as necessidades delas.
Vejamos o que podemos fazer e assim cobrar com mais autoridade toda a justiça que mereçemos.
Sejamos justos!
